quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Templo (Ruínas) de Karnak


O Templo de Karnak tem este nome devido a uma aldeia vizinha chamada El-Karnak, mas no tempo dos grandes faraós esta aldeia era conhecida como Ipet-sut ("o melhor de todos os lugares").
Designa o templo principal destinado ao Deus Amon-Rá, como também tudo o que permanece do enorme complexo de santuários e outros edifícios, resultado de mais de dois mil anos de construções e acrescentos. Este complexo abrange uma área de 1,5 x 0,8 Km. Existiam várias avenidas que faziam a ligação entre o Templo de Karnak,o Templo de Mut (esposa de Amom) e o Templo de Luxor. Além disso, não muito longe, fica o templo de Montu, sendo que o de Khonsu (um dos templos mais bem conservados do Egipto) está dentro do próprio complexo.
Foi iniciado por volta de 2200 a.C. e terminado por volta de 360 a.C. O Templo de Karnak era naquela altura o principal local de culto aos deuses de Tebas, entre os quais: Amon, Mute Khonsu, atingiu o seu apogeu durante a XVIII dinastia, após a eleição de Tebas para capital do Egito. No maior templo do Egito nenhum pormenor era descurado, e durante a XIX dinastia trabalharam no templo cerca de 80 000 pessoas.


O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de mil anos, antes dos trabalhos de escavação começarem em meados do século XVIII, a enorme tarefa de restauro e conservação continua até aos nossos dias.
Atualmente é um dos locais mais procurados pelos turistas que visitam o Egito e pode ser admirado à noite um espetáculo de luz e som.
Os monumentos de Karnak, à margem direita do Nilo, no Alto Egito, próximo a Luxor, integrando sítio histórico de Tebas, representam o conjunto arquitetônico mais imponente do Egito, embora não poucas de suas construções hajam desaparecido, por efeito da pilhagem secular de que foram vítimas. Vestígios do Médio Império atestam a importância de Karnak já a essa época histórica. Até o fim da civilização egípcia, Karnak se manteve como centro religioso do Império: seu deus (sob a forma solarizada de Amon-Ra) e seus sacerdotes adquirem um poder prodigioso, que chega a ameaçar a própria instituição faraônica. A construção mais importante do conjunto de Karnak é o grande templo de Amon-Ra, cujo plano, muito complexo, testemunha numerosas vicissitudes da história dos faraós. O grande eixo este-oeste é balizado por uma série de pátios e pilones; medindo 103m de largura por 52m de profundidade, a célebre sala hipostila encerra verdadeira floresta de 134 colossais colunas em forma de enormes papiros. Com 21m de altura e diâmetro de 4 m, essas colunas não dão, apesar de maciças, impressão de peso; os nomes de Sethi I e Ramsés II aí se vêem inscritos, repetidos indefinidamente. Numerosos edifícios secundários completam o grande templo de Amon-Ra: capelas de Osíris, templo dePtah, templo de Opeth etc. A parte S do complexo é chamada Luxor. Os anais de Tutmés III, nas paredes, registram 20 anos de conquistas e arrolam as plantas e animais exóticos que o faraó trouxe da Ásia. Esfinges de pedra, ao longo do eixo principal, parecem guardar as ruínas, na fímbria do deserto.



Sites de referência:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hatchepsut
http://pt.wikipedia.org/wiki/Necr%C3%B3pole_de_Giz%C3%A9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abu_Simbel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esfinge_de_Guiz%C3%A9

http://pt.wikipedia.org/wiki/Templo_de_Karnak

Templo Abu Simbel


O complexo de Abu Simbel é constituído por dois templos. Um maior, dedicado ao faraó Ramsés II e aos deuses Ra-Harakhty, Ptah e Amun, e um menor, dedicado à deusa Hathor, personificada por Nefertari, a mais amada esposa de Ramsés II de entre as mais de 100 que Ramsés possuía.
O grande templo de Abu Simbel é considerado uma das mais grandiosas obras do faraó Ramsés II e, para muitos arqueólogos, é o maior e mais belo dos templos.
O templo, escavado numa rocha lisa de arenito, foi construído com um detalhe admirável, porque qualquer erro grave causaria o afundamento da obra.
A sua fachada tem 33 metros de altura e 38 metros de largura, a sua entrada foi concebida como um pilone. A fachada é constituída por quatro estátuas com vinte metros de altura que representam o faraó Ramsés II sentado ostentando a coroa dupla da unificação entre o alto e o baixo Egito, a barba postiça, um colar e um peitoral com o nome de coroação. A segunda dessas estátuas foi parcialmente destruída por um terremoto em 27 aC., a cabeça e o tronco de Ramsés encontram-se próximo da entrada. Na porta do templo existe uma inscrição criptográfica do nome do faraó: Ser-Ma'at-Ra e no meio das pernas das grandes estátuas podem ver-se pequenas estátuas de familiares de Ramsés II:
Junto ao colosso I (lado esquerdo) estão as representações da sua principal mulher Nefertari (na perna esquerda), a sua mãe Mut-tuy (na perna direita) e do príncipe Amonhorjepeshef (ao centro).
Junto ao colosso II (lado esquerdo) encontram-se as princesas Bentata, Nebettauy e outra que se pensa ser Senefra.
Junto ao colosso I (lado direito) estão as representações da sua principal mulher "Nefertari" (na perna direita), a princesa Beketmut (na perna esquerda) e do príncipe Riamsese (ao centro).


Junto ao colosso II (lado direito) encontram-se as representações da princesa Nerytamun, da mãe de Ramsés, Mut-tuy e da rainha Nefertari.
Na base das estátuas centrais existe uma representação das divindades do Nilo, que simbolizam a unificação do alto e do baixo Egito e na parte superior da fachada existe uma fileira de 22 estátuas de babuínos. Existem também outros relevos comemorativos, como um texto de 41 linhas que descreve as circunstâncias do casamento de Ramsés com a filha de Hattusili III, rei dos Hititas, casamento que selou a paz entre estes dois povos.
No lado direito da fachada encontra-se a capela setentrional, dedicada ao culto do Sol, que consiste num pequeno recinto a céu aberto com pedestais com imagens de deuses e uma representação da barca solar com um sacrifício do faraó a Rá-Horajti.
No lado esquerdo encontra-se a capela meridional que é uma capela escavada na rocha de 7,17 metros de comprimento por 4,40 de largura e 3,92 de altura em honra de Thot.
No interior existe uma câmara principal chamada "A grande sala dos pilares" ou "Grande sala hipóstila" que tem 18 metros de comprimento, 16 metros de largura e nove metros de altura cujo teto é sustentado por oito pilares representando o deus Osíris com algumas características de Ramsés II; as estátuas da esquerda ostentam a coroa do alto Egito enquanto as da direita ostentam a coroa Pschent (a coroa dupla que simboliza a unificação das duas terras). O teto está decorado com pinturas que representam a deusa Nejbet e as paredes com cenas do cortejo dos príncipes, cenas de batalhas na Síria, Líbia e Núbia, junto a oferendas, da apresentação de prisioneiros a Ra-Harmajis e Ramsés II divinizado, da Batalha de Kadesh entre outras.
A grande sala dos pilares está ligada a algumas outras salas mais pequenas e a um vestíbulo que leva à sala mais pequena do templo que vai até ao santuário.
As salas mais pequenas, denominadas câmaras laterais, são no total oito e estão dispostas cinco para a esquerda e três para a direita tendo como ponto de referência a entrada do templo. A sua decoração, variável, é tipicamente simples, tal como na câmara principal, embora algumas dessas câmaras contivessem tesouros.
O vestíbulo ou segunda sala hipóstila tem 11 metros de comprimento e 7,58 metros de largura. Nesta sala existem quatro pilares quadrados e nas suas paredes estão representadas cenas do faraó na companhia dos deuses. Do vestíbulo partem três portas que se dirigem à sala de oferendas que tem 3,30 metros de largura e está decorada com imagens de oferendas e adoração que por sua vez está ligada ao santuário.
O santuário interno prolonga-se por 55 metros de profundidade e era o local mais sagrado do Grande Templo; por essa razão apenas o faraó lá podia entrar. Nessa sala existem quatro estátuas: uma do faraó Ramsés II e as de três deuses: Ra-Harakhte, Ptah e Amon-Rá. Cada um destes deuses tinha as suas capitais, ao longo da história do Egito. Estes três deuses foram venerados como a representação de um único deus grandioso; desta forma, por um lado eram rivais e por outro eram todos o mesmo. O templo foi construído de modo a que, duas vezes por ano, a 21 de Fevereiro (data do nascimento do faraó), e a 22 de Outubro (data da sua coroação), à medida que o sol se levantasse, os seus raios iluminassem as grandes estátuas do santuário e a parede que descreve a alegada vitória dos egípcios sobre o Império Hitita na Batalha de Kadesh. Embora este fato não seja verdadeiro, já que esta batalha terminou com um empate, Ramsés II auto proclamou-se vencedor relatando a sua vitória e exaltando a sua coragem e a intervenção de Amon-Rá em vários templos, incluindo no templo de Luxor.

As três grandes pirâmides


As Pirâmides de Gizé consistem na Grande Pirâmide de Gizé (a Grande Pirâmide, conhecida como a Pirâmide de Quéops ou Khufu), a um pouco menor Pirâmide de Quéfren (ou Chephren)
algumas centenas de metros a sul-oeste, e as relativamente modestas Pirâmide de Miquerinos (ou Menkaure) algumas centenas de metros mais ao sul-oeste.
A Grande Esfinge encontra-se no lado leste do complexo. O consenso atual entre os egiptólogos é que a cabeça da esfinge é a de Quéfren.
Junto com estes monumentos mais importantes estão uma série de edifícios satélites menores, conhecidos como "pirâmides das rainhas", calçadas e pirâmides do vale.
As pirâmides de Gizé foram registradas no Projeto de Mapeamento do planalto de Gizé, executado pela Associação de Pesquisa do Egito Antigo (APEA),
dirigida pelo Dr. Mark Lehner. Além disso, a equipe de Lehner empreendeu a datação por radiocarbono em material recuperado a partir do exterior da Grande Pirâmide.
As pesquisas em campo de 2009 da APEA foram registradas em um blog.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Templo da Rainha Hatshepsut

Hatcheput ou Hatsheput foi uma grande esposa real, regente e faraó do Antigo Egito.
Viveu no começo do século XV a.C, pertencendo à XVIII Dinastia do Império Novo. O seu reinado, de cerca de vinte e dois anos, corresponde a uma era de prosperidade econômica e
relativo clima de paz.


A descoberta de Hatchepsut

Tendo em conta que o nome de Hatchepsut foi suprimido das principais listas de reis do Antigo Egito, desconheceu-se durante muito tempo a existência de Hatchepsut.
Em meados do século XIX, quando a Egiptologia se estruturou como campo do saber, iniciou-se a redescoberta da rainha-faraó. Em 1922-1923 o egiptólogo Herbert Winlock, que realizava escavações em Deir el-Bahari na área pertencente ao rei Mentuhotep II, encontraria uma série de estátuas de Hatchepsut. Uma parte destas estátuas estão hoje no Museu Egípcio do Cairo e no Metropolitan Museum of Art. Recentemente a múmia de Hatchepsut foi localizada através de uma pesquisa que contava com testes de DNA, tomografia computadorizada, entre outras 2 múmias, e um grande mistério que envolvia sua morte. Através de um dente molar, encontrado em uma caixa mortuária de madeira e com seu nome entalhado, que também continha seu fígado mumificado, foi possível afirmar que uma das múmias em questão era a de Hatchepsut. Cientistas descobriram também que sua morte foi devido a uma infecção na gengiva.


O Templo de Milhões de Anos - Deir-el-Bahari
Ao oitavo ano do reinado de Hatchepsut, a grande obra do templo de Milhões de Anos é iniciada na margem ocidental de Tebas. O lugar escolhido: a encosta de uma falésia, onde hoje encontramos os Vale dos Reis e das Rainhas. O templo foi criado para prestar homenagem ao seu Ka, associado ao seu pai Tutmósis I, sendo residência também de Amon e Hathor.
Também foram construídos, por ordem da Faraó, obeliscos que foram transportados de Assuã até Karnak. Os monumentos com mais de 300 toneladas foram trabalhados nas pedreiras de granito de Assuã. Ao que consta, foram utilizados 7 meses para construir, transportar e erguer os obeliscos, e a presença desses monumentos dissipavam as forças negativas e protegiam o templo, atraindo assim a luz criadora.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A Esfinge


A Grande Esfinge de Gizé é uma das maiores estátuas lavradas numa única pedra em todo o planeta e foi construída pelo antigos egípcios no terceiro milênio a.C..
Porém, existe um grupo de pesquisadores que afirma que a esfinge seria muito mais antiga, datando de, no mínimo, 10.000 a.C., baseando-se na análise do calcário e
sinais de erosão provocados por água.
Características
A Grande Esfinge foi esculpida em pedra calcária, tendo 57 metros de longitude, 6 metros de largura e 20 metros de altura, tornando-a a maior estátua esculpida em apenas um bloco de pedra. A esfinge olha para o leste e tem um pequeno templo situado entre suas patas.




Etimologia

Não se tem certeza qual seria o nome usado pelos antigos egípcios para designar a estátua.
A palavra "esfinge" foi dada já na Antiguidade clássica baseando-se numa criatura da mitologia grega formada pelo corpo de um leão,  a cabeça de uma mulher e asas de águia, embora as estátuas egípcias tenham a cabeça de um homem.
A palavra "esfinge" deriva do grego σφινξ, aparentemente do verbo σφινγω, que significa "estrangular", já que a esfinge da mitologia grega  estrangulava todos que não conseguissem decifrar suas charadas.



História

Após o abandono da necrópole, a esfinge foi soterrada até seus ombros por areia e primeira tentativa de "desenterrá-la" ocorreu já por volta de 1400 a.C., no reinado de Tutmósis IV.
Somente em 1817 foi levado a cabo um restauro supervisionado pelo italiano Giovanni Caviglia, descobrindo todo o peito da estátua. Somente em 1925 a esfinge foi completamente revelada.
Não se sabe o paradeiro do nariz da estátua, de um metro de largura. Segundo lendas, o nariz teria sido arrancado por balas de canhão da artilharia de Napoleão Bonaparte ou também por tropas britânicas, até mesmo pelos mamelucos. Todavia, desenhos da esfinge feitos por Frederick Lewis Norden em 1737 e publicados em 1755 já ilustram a estátua sem o nariz. O historiador egípcio al-Maqrizi, do século XV, atribui o vandalismo a Muhammad Sa'im al-Dahr, um fanático sufi que, em 1378, após observar que camponeses deixavam oferendas à esfinge na esperança de aumentar suas colheitas, teria destruído a parte mais frágil da estátua.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Al Simhara

De um extremo à outro.
Deixamos a paisagem verde e úmida de Shang Simla para nos aventurarmos no quente e árido deserto.
Exótico e paradisíaco, o Al Simhara é conhecido por sua antiga civilização e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo,  sem sombra de dúvidas o meu destino predileto.